Investir em tecnologia já é parte essencial da gestão regulatória
O investimento em tecnologia na gestão regulatória abrange desde ganhos de eficiência operacional até a consolidação de mecanismos estruturais necessários para lidar com a complexidade normativa e institucional dos ambientes regulatórios, marcados por volatilidade e múltiplos centros de decisão.
Os resultados da Pesquisa Global de Compliance 2025 da PwC indicam que empresas que adotaram tecnologias digitais em sua gestão regulatória apresentam benefícios concretos, que vão da ampliação da visibilidade de riscos ao fortalecimento da tomada de decisão estratégica.
De acordo com os resultados, 64% das empresas afirmam que a adoção de soluções digitais proporcionou melhor visibilidade sobre riscos e atividades de gestão, condição indispensável para antecipar movimentos regulatórios e mitigar impactos antes que comprometam a competitividade. Além disso, 53% relatam maior agilidade na identificação e resposta a problemas regulatórios, reduzindo significativamente a vulnerabilidade em ambientes que não permitem atrasos ou reações tardias.
No plano estratégico, os ganhos são igualmente relevantes. Quase metade das empresas (48%) indicam que a digitalização elevou a qualidade dos relatórios, tornando-os mais analíticos e úteis para conselhos e diretorias. Essa evolução desloca a gestão regulatória de uma função meramente burocrática para um papel de suporte efetivo às instâncias decisórias. Complementarmente, 46% das organizações apontam que a tecnologia possibilitou decisões mais rápidas e seguras, sustentadas em dados confiáveis — um fator indispensável em contextos marcados por elevada incerteza normativa.
Os efeitos também se refletem na eficiência institucional. 43% das empresas registraram ganhos de produtividade, redução de custos e maior eficiência operacional com a digitalização de processos regulatórios. Esses resultados reforçam que a tecnologia não deve ser vista como ferramenta acessória, mas como elemento estrutural da competitividade empresarial.
O recado é claro: manter a gestão regulatória em moldes tradicionais, restrita a protocolos reativos, significa operar com baixa previsibilidade e alto risco. A transformação digital inaugura um novo estágio, no qual a gestão regulatória se torna preditiva, integrada e estratégica, capaz de sustentar a resiliência institucional em face de regulações em constante mutação. Em 2025, a questão não é mais se a tecnologia representa um diferencial, mas sim quanto tempo as empresas conseguem se manter competitivas sem incorporá-la à sua estrutura regulatória.



