O mercado global de RegTech alcançou US$ 15,8 bilhões em 2024 — e deve chegar a quase US$ 19 bilhões em 2025

O salto dos investimentos privados em RegTech evidencia como a gestão regulatória se consolidou como prioridade estratégica. Startups de inteligência artificial voltadas ao compliance financeiro, plataformas de gestão regulatória e softwares de GRC têm atraído aportes recordes. Estudos da NumberAnalytics indicam que soluções de automação e machine learning já permitem reduções de até 30% nos custos, além de ampliar a precisão e a velocidade dos controles — transformando tarefas antes reativas em processos preditivos e escaláveis.
Essa disputa, contudo, não se limita ao setor privado. Governos também avançam na adoção de RegTech e SupTech. A OCDE destaca que países-membros vêm digitalizando análises de impacto regulatório, implementando revisões periódicas de normas e criando unidades voltadas à chamada “melhor regulamentação”. A União Europeia lançou programas de desburocratização, os Estados Unidos ampliaram o funding para simplificação digital das regras federais, e no Brasil, Banco Central e CVM expandiram iniciativas de sandboxes regulatórios e soluções de supervisão digital. Em escala global, reguladores já utilizam tecnologia para monitorar mercados em tempo real — das finanças à saúde, segundo o World Economic Forum.
O futuro aponta para um patamar mais estratégico. A PwC (2023) constatou que 57% dos executivos colocam a modernização tecnológica no centro de suas estratégias de risco e gestão regulatória, enquanto 59% priorizaram o reforço em treinamentos e due diligence. Paralelamente, observa-se uma onda de consolidação: grandes grupos adquirindo RegTechs para integrar soluções robustas, fundos de investimento direcionando capital a startups de ESG e climate risk, e reguladores incentivando inovações que antecipem riscos sistêmicos.
O recado é inequívoco: a gestão regulatória deixou de ser apenas defesa ou protocolo de conformidade. No mercado de RegTech, cada aporte é um sinal de que a verdadeira vantagem competitiva está em quem consegue transformar regulação em inteligência estratégica — antecipando riscos, respondendo em tempo real e convertendo a complexidade normativa em ativo de mercado.
📊 Fontes: Business Research Company; NumberAnalytics; OCDE; World Economic Forum; PwC (2023)



